O afeto manifestado

Qual a sua forma de manifestar afeto? Qual a forma correta? Existe forma correta de manifestar afeto?

Um manifesta afeto dizendo “eu te amo“. Outro manifesta dizendo “eu me preocupo com você“. Já outro manifesta trazendo, da rua, uma flor. Ou fazendo uma comida favorita, que nem sempre precisa ser a própria comida, mas a comida do outro.

A forma de manifestar afeto – para além do livro das linguagens do amor – é bastante pessoal e, acredito, ilimitada. E sem qualquer tipo de julgamentos.

Não existe a forma correta ou incorreta de manifestar afeto a alguém.

Não existe a forma correta ou incorreta de manifestar o afeto a alguém. Ouvi dizer que o amor é o caminho, e, sendo um caminho, cada um pode ter o seu. Pode ser uma reta. Uma curva. Uma ladeira. Pode ser um caminho florido. Ou um caminho cheio de pedregulhos. Tudo é o caminho. A forma de chegar a algum lugar. O amor e o afeto como forma de chegar a um lugar. A si mesmo. Ao outro.

E só o afeto é bem amplo. Amor é afeto. Raiva também. Pode ser o afeto de mãe. De filho. De irmão. De parceiro ou parceira. Pode ser um amor monogâmico. Ou poliamor. Pode ser um amor hétero. Ou LGBTQIA+.

Agora, o afeto-amor que a gente precisa descobrir, e acessar, e saber qual é o correto é o auto. Aquele, o amor próprio.

E aí não há outro que nos ensine “gosto de ser amada assim ou assado“. Porque o outro que nos ensina sobre o auto afeto é o outro que mora em nós. Pode ser o outro-mãe-interna, que nos ensinou sobre amor, cantando. Pode ser o outro-pai-interno, que nos ensinou da forma possível que lhe é posível. Pode ser o outro-amigos, o outro-parceira. Mas, sobretudo, é este outro que mora dentro de nós é que nos diz como devemos nos amar, nos afetar. Por nós mesmos e pelas coisas do mundo. O caminho? Ele também mora do lado de dentro.

E, a partir desse afeto – que é também aprendido e apreendido – de dentro, de mim por mim mesma, posso manifestar o afeto pelo outro. A grande chave é: você já perguntou ou tentou descobrir como o outro gosta de ser amado? Como o outro gosta de receber seus afetos? Como ele se afeta?

Eu, por exemplo, não gosto de massagem. Mas uma coçadinha nas costas é sinal de muito aconchego, pra mim.

Tem gente que pode querer o afeto em formato da comida preferida. Mas pode ter gente que só um olhar e um balbucio de “te amo” num dia qualquer seja mais significativo. Tem gente que gosta de abraço. Tem gente que gosta de um “<3” no whatsapp. 

O afeto? Não tem certo e errado. Tem o próprio e o manifestado. Se dê. Pergunte. Descubra. Ame. Sinta. Você. E a outra. O outro.